sexta-feira, 19 de junho de 2009

Oito contra oitenta mil! Oito contra 180 milhões!


Penso em escrever tanta coisa... Li tanta besteira, também muita coisa válida, mas nada (nada mesmo) expressa o que eu estou sentindo nesse momento.

Só de pensar que podemos sair perdendo com isso tudo eu entro em desespero...

De todas as coisas que eu li a que eu mais concordo é que essa decisão é um retrocesso, um (dois, três...) passo pra trás que além de prejudicar muita gente, vai causar uma enorme bagunça.

Será que ninguém pensa nos estudantes? Naquele cara que sonhou a vida inteira em seguir uma carreira e quando está prestes realizar seu sonho surge essa pedra no meio do caminho. Posso parecer dramática, sentimentalista ou piegas. Não me importo.

Comparar o jornalista com um cozinheiro? Não estou dismerecendo o cozinheiro. É lógico que ele tem seu valor. O que acontece é comparar uma coisa que nada tem a ver com a outra. Tá, vamos lá. Vamos fingir que sou um cozinheiro. Eu cozinho super bem, mas não arrumo emprego em restaurantes. Faço um docinho de lamber os beiços. O que eu faço? Vendo doces para os meus conhecidos. Só essa semana a minha vizinha Janice comprou uns dez e ainda por cima encomendou o bolo e mais quitutes pro aniversário da Lili, filha dela. Vou faturar bem esse mês, afinal não foi só Janice que comprou. Creuza também. Ela inclusive disse que ela pode vender no trabalho dela, eu lógico aceitei, né? Só fiquei chateada com uma coisa: a Joaquina, minha prima, comprou um mousse de chocolate e teve dor de barriga... Bem que eu achei que o ovo tava meio esquisito, mas tudo bem. Ela já melhor e ontem ela comprou brigadeirão. Esse custa R$ 7,00.

Agora voltando ao mundo real, me digam: tem comparação? Eu vou fazer o que? Vender minhas notícias na praia? "-Olha aí gente, notícias por 50 centavos, quem vai querer? Vai querer moço? Tô sabendo de cada uma. Se quiser posso te contar" "-Não minha filha, comprei o jornal e tô aqui na globo.com. Obrigada."

Revoltante também é ler, ouvir e ver gente falando que realmente o diploma não é necessário. Hum... Sei... Não é necessário. Por que não é necessário?! Essas pessoas piraram. Ah, então tá. Eu escrevo bem (sei que casa se escreve com "s" e não com "z"), me mantenho informada, sei segurar o microfone e TCHANAN: sou jornalista!!! Uhull!!! Então, já que é pra fazer comparações surreais, eu garanto que estou apta a ser médica. Sei ter sangue frio, adoro deixar os outros esperando, sou debochada e sempre indico o mesmo remédio para todo mundo que eu conheço, independente do que ela esteja sentindo. Se tem alguém resfriado é virose, se tem alguém com febre é virose, se tem alguém com caganeira é virose, se o cara tá desmaiado se tremendo com a língua torta é virose. Se tem alguém com dor nas costas, como minha avó estava, é melhor fazer uma fisioterapia e colocar bastante água quente. Realmente é bom fazer isso, mas não quando a dor nas costas da pessoa é um aneorisma na veia aorta e ela vem a falecer de repente... Posso ser médica ou não posso? Claro que posso! É, mas pensando bem não posso. Esqueci que minha letra é bonita.


Juliana Sampaio

5 comentários:

  1. As coisas no Brasil são assim : os politicos nunca sabem de nada, nunca fizeram nada ( vide nosso Presdente e o Presidente d Senado ). Estou farto de nos fazerem de palhaços, aperecem na Tv com a cara mais limpa e pensam que dando uma bolsa familia, o assunto está resolvido.
    Precisavamos ter tido aqui, um Pinochette para ter eliminado, esses farsantes.
    Já temos na nossa Imprensa ( escrita , falada e televisada), absurdos, com pessoas que provalmente, nunca tenham sentado num banco acadêmico.
    INFELIZMENTE ESTAMOS, ENTREGUES AS BARATAS, mas um dia essas ratazanas irão ser desmascarados. Só depende de nós.

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  2. O Brasil é o único país que aconselha o "não-estudo", a "não-formação". Mas isso é proposital. Afinal um povo ignorante não questiona, não debate, não reclama. Elegemos um semi analfabeto para a presidência!!! O que esperar? De fato, para eles, o estudo é uma perda de tempo. Eu assumo! Resolvi fazer jornalismo pois estava muito entediado em casa, não tinha nada de interessante pra fazer. Decidi então, gastar dinheiro e ocupar o meu tempo ocioso. Confesso também que nessa hora eu até pensei em ser político. Mas como eu já conclui o ensino médio, acho que não teria muito futuro.

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  3. REVOLTANTE! Essa é a melhor palavra pra resumir meu sentimento quando fiquei sabendo da decisão. Eu sabia da votação, mas juro, não imaginava que esse retrocesso iria acontecer . .
    Hoje, um pouco mais calmo, tento pensar em algumas coisas, alguma atitude que devo tomar para afastar esse fantasma. Ainda não sei ao certo. Aliás, a primeira questão é realmente: o que vou fazer cm o meu diploma? Que por sinal ainda nem peguei, só no fim do ano. Estou um pouco confuso.
    Pensei em ser cozinheiro, quem sabe?!? Assim não preciso de outra faculdade, e como bem disse a Ju, posso ate vender uns quitutes para os vizinhos. rs
    Agora falando sério, não há o que fazer, a não ser aceitarmos e nos adaptarmos a essa nova realidade: valorizarmos e não dar espaço para pseudo-jornalistas.
    Diploma de jornalismo: "Voce não vale nada, mas eu gosto de você!" rsrsrs

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  4. Estou indignada!
    Realmente para esse país o estudo não vale nada!
    Pra que estudar se o nosso próprio presidente é um semi analfabeto?
    A situação é realmente lamentável...Pelo menos sei cozinhar um pouco isso já me deixa um pouco tranquila...rs

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